sexta-feira, 21 de setembro de 2007


A morte é que está morta

Ela é aquela Princesa Adormecida

no seu claro jazigo de cristal.

Aquela a quem, um dia - enfim - despertarás…

E o que esperavas ser teu suspiro final

é o teu primeiro beijo nupcial!

- Mas como é que eu te receava tanto

(no teu encantamento lhe dirás)

e como podes ser assim - tão bela?!

Nas tantas buscas, em que me perdi,

vejo que cada amor tinha um pouco de ti…

E ela, sorrindo, compassiva e calma:

- E tu, por que é que me chamavas Morte?

Eu sou, apenas, tua Alma…


Mário Quintana

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