domingo, 18 de novembro de 2007


(...)

Não há falta na ausência.

A ausência é um estar em mim.

E sinto-a, branca, tão pegada,

aconchegada nos meus braços, que rio

e danço e invento exclamações alegres,

porque a ausência assimilada,

ninguém a rouba mais de mim.


Carlos Drummond de Andrade

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