Minha poesia, malandra
Quer teu olhar a todo custo
Se enfeita, ninfeta
Passando a língua nos lábios
Minha poesia, sedenta,
Sapateia sobre os desejos
E escorrega macia
Em ouvidos amantes
-Errante! praguejam
- Repleta! replico
Minha poesia apenas ama
E clama
Por desordem em pensamentos
Noites e lençóis.
Camila Lordelo
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