A pobre flor dizia à borboleta: não fujas!
Vê como os nossos destinos são diferentes,
Eu fico, tu partes!
Todavida, nos amamos,
Vivemos sem os homens e longe deles,
Somos parecidos e dizem que ambas somos flores!
Mas, infelizmente!
o ar te transporta e a terra me prende.
Destino cruel!
Eu gostaria de perfumar o teu vôo
Com a minha respiração no céu!
Mas não, tu vais demasiado longe
Entre as flores sem número tu voas,
E eu fico sozinha
A ver minha própria sombra girar aos meus pés.
Foges, depois voltas,
Vai-te embora outra vez
E brilhas algures!
Por isso me encontras sempre
Em cada madrugada
Orvalhada em lágrimas!
Ah! para que o nosso amor possa
Viver dias de felicidade,
Ó meu amor
Ganha raízes como eu,
Ou dá-me asas como tu!
Victor Hugo
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