Meus olhos, famintos, não se cansam de te acariciar
Procuram sempre um novo ângulo pra te admirar
E sonham mergulhar na sua boca de vulcão
Provar todo o calor que há na sua erupção
Escorregar nos rios claros das margens dos teus pêlos
E encontrar o ouro escondido que brilha em seus cabelos
Devorar a fruta que te emprestou o cheiro
E talvez desfrutar de um amor puro e verdadeiro
Esquecer o espaço, o tempo e o viver
Perder a noção do que é ter a noção do perder
Se um dia eu fui alegria ao te conhecer
Agora canto porque sinto a dor de não te ter
Paulinho Moska
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