Tirei os bagos,
Um a um, de dentro da romã.
Juntei-os no prato do poema,
E construí com eles a tua imagem
Para que a pudesse morder como se ama,
Até ouvir o teu riso perguntar-me:
"Que fazes ?"
Enquanto libertavas os seios de dentro da camisa,
Para que a luz os mordesse
Como se morde a romã.
Nuno Júdice
1 comentário:
A analogia entre romã e corpo feminino é curiosa e interessante. Realidades tão diferentes mas simultaneamente tão equiparáveis, tão iguais.
Gostei do blog. Do conceito e da produção. Simplesmente, um dos melhores...
Stay Well...
p.s.: como podes ter tão poucos comentários?
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