Eu consigo mergulhar teu coração dentro do meu corpo vermelho.
Explodindo em sentidos e intuições
Com os lábios cortados pelo vento.
Beijando a minha alma de uma vez só
Como se o mundo fosse me invadir pelo seio.
Desvira, revira, inspira
Bebe da água que me faz cantar.
Assume, renasce, ressurge daquilo que lhe faz desejar.
Me estica no céu com as mãos pelos ares e me ensina dizeres teus.
Teus anseios, porquês e detalhes irracionais.
Nossos motivos, poemas e contos finais.
E briga que grita por não querer matar
Umbigo, pescoço e meu paladar.
Me chama, me clama, me olha outra vez
Mastiga o meu gosto espalhado em teu lambusar.
E não perca, menino, o desejo de me devorar
Pelo riso, meu cílio e com teu polegar.
E decora, e declara, e declama, amor,
O sorriso vestido de amar.
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Gabriele Fidalgo
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