No pouco a pouco
construo um mundo de aconchego.
Penetro nele, piso o tapete,
tudo é eloqüente, pequeno amigo.
Meu repouso, minha rede,
quente lareira, foyer central,
dentro é calor, parede e cal.
É meu casulo, meu ventre maternal,
minha volta ao meu eu,
meu retorno, meu natural.
Me achego à casa,
como quem chega de uma viagem,
estranho e doce, meu lar
me chama, me esconde e canta, a me ninar.
É quente e abrange , num grande abraço,
meu ser cansado de peregrinar.
Acolhe e cura minha procura,
me ama e me envolve, a me embalar.
Dora Vilela
Sem comentários:
Enviar um comentário